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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ratíquio

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Mais sobre: O SURGIMENTO DA DIDÁTICA
Breve história da Didática A palavra “Didática” provém do grego didaktike [tékhne| como arte de instruir e ensinar e surge no século XVII para inaugurar um campo de estudos na Educação, deixando-se de ser difusa ou intuitiva da prática vigente para tornar-se um objeto de reflexão de filósofos e pensadores que participam da história das idéias pedagógicas. Sua gênese deu-se na tentativa de se agrupar os conhecimentos pedagógicos, tornando-a superior da mera prática costumeira do uso ou do mito. Em Ratio Legis[1], a Didática surge graças à ação de dois educadores provenientes da Europa Central, que atuaram em países nos quais havia instalado a Reforma Protestante: Ratíquio e Comenius. Ao segundo, Jan Amos Komensky (1592-1670), cujo sobrenome foi latinizado para Comenius, devemos as inovações introduzidas nos métodos de ensino que influenciaram em grande medida as reformas educativas e as teorias de eminentes pedagogos de séculos posteriores. Ele propõe a universalização do saber e a supressão dos conflitos religiosos e políticos, sendo chamado a vários países europeus para colocar em prática suas teorias pedagógicas e filosóficas. “Essa etapa da gênese da Didática a faz servir com ardor, à causa da Reforma Protestante, e esse fato marca seu caráter revolucionário, de luta contra o tipo de ensino da Igreja Católica Medieval”. ( Castro 1991, pp. 15-25). Sob este aspecto citado por Castro, convém esclarecer que com o aparecimento dos colégios do século XVI até XVIII, quando a educação não passava do saber enciclopédico, educar era uma questão de moda e uma exigência, tendo como meta não apenas a transmissão de conhecimentos, mas também a formação moral. A educação dá-se aos moldes da autoridade dogmática, da cultura eclesiástica medieval e, mesmo após esse rompimento, ela mantém fortemente hierarquizada, excluindo dos propósitos educacionais a grande massa popular, exceto os reformadores protestantes, que agem por interesses religiosos. Após Ratíquio e Comenius, temos Jean-Jacques Rousseau, Genebra, Suíça, (1712-1778), autor da segunda grande revolução didática, que, embora não fosse um sistematizador da Educação, sua obra “Émile: ou, De l''éducation (1762; Émile: ou Da educação)” deixa de modo marcante um novo conceito de infância, quando, numa utopia pedagógica, ele imagina a educação de um jovem. Para ele o ensino deve visar mais a capacidade de discernir do que o acúmulo de conhecimentos, e deve fundar-se na experiência em decorrência de um processo espontâneo e em contato com a natureza, e não na racionalização; em seguida Pestalozzi, J. Heinrich, (1746-1827), estudioso suíço, lançou as bases da pedagogia moderna ao conceber um sistema de ensino prático e flexível que procurava estimular as faculdades intelectuais e físicas da criança, dando valor enfático ao entendimento oral e às atividades coletivas, como desenho, escrita, canto, exercícios físicos, modelagem, cartografia e excursões ao ar livre. A esse método, conhecido como indutivo, criado por ele, estimulava a observação e o raciocínio por meio da sucessão de etapas de complexidade gradativamente crescente e dava margem à manifestação das peculiaridades individuais. Ele, porém, foi um dos primeiros educadores a demonstrar a influência do meio social sobre a educação. Na primeira metade do século XIX, Johann Friedrich Herbart (1776-1841), filósofo e educador alemão, que com sua “inflexão metodológica” criou o sistema de instrução científica, fundamentado na filosofia e na psicologia, situando-se no plano didático ao defender a idéia da “Educação pela Instrução”. Seu mérito foi tornar a Pcologia o “ponto central de um círculo de investigação próprio”, que vieram a merecer críticas dos precursores da Escola Nova, cujas idéias começam a propagar-se no final do século XIX. [1] Termo latino que, juridicamente, significa “razão da lei”.

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