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segunda-feira, 18 de abril de 2011

habitos de higiene

Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus Santo
Ângelo/RS
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus Santo Ângelo/RS
26 a 29 de abril de 2006
“HÁBITOS DE HIGIENE: É CEDO QUE SE COMEÇA”
Karem Susan Hansen
URI / Santo Ângelo - karemhansen@yahoo.com.br
Marilisa B Hoffmann
URI / Santo Ângelo - mhoffbio@yahoo.com.br
Tatiele L Rodrigues
URI / Santo Ângelo - trodbio@urisan.tche.br
Maria Lorete Thomas Flores
URI / Santo Ângelo - lorete@urisan.tche.br
Introdução
A Educação e a saúde são dois pilares de sobrevivência humana que estão em eterna construção e desconstrução. Os autores assumem um compromisso ético de que é possível promover saúde escolar através da articulação entre os setores da educação e saúde; através da interdisciplinaridade; envolvimento dos grupos de alunos; famílias; educadores, num contínuo processo crítico avaliativo dos saberes e práticas de saúde escolar (FERRIANI, 1997).
Segundo Souza (2000), o objetivo da saúde escolar é atender a integralidade da criança. Em vez de considerarmos a criança com queixa escolar doente ou diferente, devemos vê-la de maneira a ser entendida no seu ambiente social mais amplo, na família, na escola, no seu grupo de amigos.
A escola, dentro de uma perspectiva educativa que se integra a outros setores na busca de transformação social, pode ser uma aliada da saúde e vice-versa. Essas alianças podem ser estabelecidas para o complexo empreendimento de fazer com que crianças e adolescentes se transformem em sujeitos de sua saúde, deixando de ser sujeitos de sua doença.
Após assinalar a importância da saúde escolar, resta-nos defender a promoção de conhecimentos e práticas de saúde que possam se aliar à escola e outras instituições, na busca de transformações sociais.
A educação não formal vem se manifestando como uma das formas mais exitosas de socialização e capacitação pessoal encontradas atualmente. Mais do que provado, a educação não se restringe apenas aos bancos escolares convencionais, e ocupa um espaço cada vez mais concorrido, visto a abertura que um meio como este proporciona a novas e significativas aprendizagens, assim como um espaço de troca de experiências e valorização de opiniões. Um exemplo de educação não formal, muito comum em nossa realidade é a creche, onde as crianças freqüentam desde a mais tenra idade. Neste local, elas vivem momentos de socialização, através do contato com os colegas, dos horários, da partilha do brinquedo. Sendo assim, além de compartilhar experiências também são educados, mesmo que não formalmente. Em vista da importância dos bons hábitos de higiene para a vida do ser humano, é essencial que esta consciência seja desenvolvida ainda na infância. É nesta fase que as informações são melhores assimiladas e acomodadas, certamente pela abertura e desprendimento das crianças em se defrontar com o novo e aceitar desafios sem receio algum. Problemas com piolho, muito comuns em crianças que convivem em ambientes públicos, podem ser diminuídos sensivelmente a partir de um trabalho de conscientização com crianças que, conseqüentemente, atingirá os pais e a comunidade em geral. Quanto melhor forem esclarecidas as crianças,
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus Santo
Ângelo/RS
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26 a 29 de abril de 2006
mais chances elas terão de formarem seu ego e ajudar a criar um ambiente mais humano (PUCCI, 1999).
Objetivo
Com o objetivo de estimular os bons hábitos de higiene, visando melhorar a qualidade de vida das crianças, conscientizá-las e incentivá-as sobre os hábitos de higiene pessoal, fez-se presente este trabalho em forma de oficina, na qual foi aplicada na Creche Tico-Tico, na cidade de São Luiz Gonzaga.
Metodologia
Primeiramente, realizou-se apresentação do teatro de fantoches “Amigos da Higiene”, com os seguintes personagens: sabonete, chuveiro, escova dental, pente, pasta dental, xampu e papel higiênico, e com o texto a seguir:
SABONETE: Olá Amiguinhos! Tudo bom? Vim aqui com minha turminha para conversarmos um pouco sobre hábitos de higiene. Vocês sabem o que é higiene? Vou chamar meu amiguinho chuveiro para explicar.
CHUVEIRO: Oi! Que pessoal bonito! Bem, higiene é cuidar bem do corpo, tomar banho, escovar os dentes, cortar as unhas...
ESCOVA DENTAL: “Péra” aí! Opa! Olá pessoal... Eu sou muito importante, vocês sabem para que eu sirvo? Sou importante para escovar os dentinhos todos os dias, com minha amiga pasta.
PASTA DENTAL: É!!! Eu sirvo para deixar os dentes bem limpinhos e sou muito importante para não deixar o bichinho da cárie entrar nos dentinhos!!
ESCOVA: É isso ai!! Juntos, nós tiramos toda a sujeira dos dentes! E tem mais, amiguinhos: devemos ser usadas sempre por vocês, após comerem algum lanche e antes de dormir!
PENTE: Oi!! E eu, sou quem?? Sabem pra que sou usado? Sou usado para manter um visual bonito, o cabelinho penteado e arrumadinho... Todo mundo me usa aqui??
SHAMPOO: É. O pente é muito importante mesmo!! Nós dois trabalhamos juntos para deixar o cabelo bonito e livre dos piolhos!!!
PENTE: E para o cabelo ficar sempre limpinho, devemos lavá-lo muito bem e no mínimo 3 x por semana amiguinhos!!
PAPEL HIGIÊNICO: Ei! Não esqueçam de mim!!!! Sou o papel higiênico e devo ser usado quando se vai no banheiro!
TODOS: Nós formamos a equipe da limpeza!!!! Junto com vocês, vamos acabar com a sujeira!!
SABONETE: E não esqueçam!
TODOS: Cuidar do nosso corpo é muito importante!!!! Tchau!!!!
Posteriormente, foram questionados quais são os hábitos de higiene que devemos ter, com a participação do “Sr. Piolhão”. Houve então a realização de brincadeiras com as crianças, como imitações de cartazes com desenhos relacionados à higiene corporal, canto de paródias relacionadas aos hábitos de higiene, com as músicas: “Lavar as mãos” (Atirei o pau no gato); “Lixo na lixeira” (Marcha Soldado); “Meus dentinhos”(Ciranda). Após as brincadeiras, as crianças pintaram os personagens do teatrinho.
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus Santo
Ângelo/RS
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26 a 29 de abril de 2006
Resultados e Discussões
A Prática de Ensino de Ciências nos tem proporcionado ricos momentos de aprendizagem e de interação com a realidade da educação. Esta prática, em especial, nos permitiu conhecer um pouco mais do cotidiano e da organização de grupos não-formais de educação. Com o desenvolvimento desta prática, pôde-se mudar a impressão que se tinha em relação às creches, como um mero depositário de crianças, onde muitos comentam que crianças são maltratadas e que são fisicamente mal-equipadas. Em relação às atividades, as crianças ficaram encantadas, participaram ativamente, sendo que o “Sr. Piolhão” foi o personagem mais citado por estas após a apresentação. Além do mais, os conceitos sobre higiene discutidos no teatrinho foram muito argumentados pelas crianças. Isto prova que já existe um trabalho desenvolvido sobre o assunto, tanto em casa como na creche.
Constatamos, através desta experiência, um outro ângulo da sociedade, onde a socialização é proporcionada aos indivíduos que a compõe, de maneira que estes se sintam valorizados enquanto seres capazes e produtivos.
Sendo a educação científica necessária para resolver assuntos do cotidiano, conclui-se que, também nestas instituições populares a ciência pode e deve se fazer presente, como forma de relacionar fatos do dia-a-dia com informações obtidas a todo instante pelos mais diversos meios de comunicação.
É preciso valorizar a educação em ciências, como prática social, entendendo a saúde como resultado de condições econômicas, políticas e culturais. Portanto, a partir destas questões abordadas, é evidente o papel impar do educador na conscientização da sociedade. É imprescindível que os profissionais de todas as áreas do saber contribuam para a construção da cidadania.
A educação sanitária e hábitos de higiene são assuntos que devem ser familiares ao ser humano desde a mais tenra idade. Baseadas nisso, é que realizou-se esta prática, com crianças de creche, oportunizando-lhes momentos de diversão, reflexão e conhecimento sobre estes temas.
Conclui-se assim, que estes meios de educação comunitária apresentam-se cada vez mais solidificados e embasados em valores morais e fins bem definidos, o que eleva sua capacidade de transformação na realidade em que estão inseridos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FERRIANI, Maria das Graças C.; GOME, Romeu. Saúde Escolar – Contradições e Desafios. Goiânia-GO: AB Editora, 1997.
PUCCI, Bruno, et al. Adorno: o Poder Educativo do Pensamento Crítico. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
SOUZA, Beatriz de Paula; MORAIS, Maria de Lima Salem. Saúde e Educação: Muito Prazer! – Novos Reinos no Atendimento à Queixa Escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.

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