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EU E ELE

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DEUS ESCOLHE...

sexta-feira, 11 de março de 2011

AVALIAÇÃO


AVALIAÇÃO
Concebemos a avaliação como algo absolutamente inerente ao nosso trabalho, na perspectiva de uma postura constante de observação, investigação e crítica construtiva em relação à qualificação de nossa prática e intervenções didáticas, procurando conscientizar-nos dos aspectos que estão dando certo e que podemos ampliar, dos que têm de ser modificados, revistos, melhorados e aprofundados e do que ainda tem de ser buscado, inventado, criado em termos de novas alternativas, dentro da própria equipe, em nossos momentos de estudo e trabalho coletivo, através de iniciativas individuais ou de cursos e seminários que frequentamos ou promovemos.
Essa avaliação inclui o professor e sua própria prática, a equipe pedagógica e a proposta da escola, passando pela relação com os pais e comunidade escolar geral, com os alunos e sua própria aprendizagem.

Do desempenho da escola
A escola acompanha e analisa o desempenho de seu trabalho através de diferentes instrumentos. Cada instrumento é constituído a partir das demandas surgidas na prática pedagógica diária e serve para caracterizar os pontos relativos a avanços, a metas já alcançadas ou a serem desenvolvidas.
A avaliação é uma prática sistemática que se desenvolve em diferentes momentos do ano letivo. A cada ano a escola procura adaptar sua metodologia de trabalho aos resultados obtidos através da análise do conjunto de documentos e instrumentos montados para esse fim.
A análise do desempenho leva em conta o trabalho desenvolvido pelo corpo docente, o resultado obtido pelos alunos em termos de qualidade de ensino, o retorno da comunidade escolar e a avaliação da equipe diretiva.
A equipe diretiva da escola mantém e desenvolve uma postura de total abertura às necessidades da comunidade que atende. Para isso está sempre atenta e em contato com os diferentes segmentos dessa comunidade, através de reuniões sistemáticas de avaliação de seu desempenho e planejamento de ações conjuntas, presença em reuniões gerais e individuais com as famílias, contatos informais etc. Utiliza questionários escritos para consultas, quando isso se faz necessário, assim como faz encaminhamentos através de encontros entre os membros da equipe diretiva e/ou com a equipe de professores.
A escola realiza avaliações semestrais do corpo docente e dos setores e estabelece metas para a superação dos pontos de resistência no sentido de qualificar permanentemente a equipe pedagógico-administrativa.

Do rendimento escolar dos alunos
A escola escolheu como formas de avaliação a observação e o registro sistemáticos do desenvolvimento dos alunos, tendo em vista o acompanhamento e a busca de melhores formas de intervenção no sentido do seu desenvolvimento e aprendizagem.
Essa prática avaliativa exige do professor um aprofundamento em teorias do conhecimento, uma visão ampla e detalhada das diferentes áreas e uma capacidade de descentração - pensar como o aluno pensa e porque ele pensa dessa forma -, e tem a ver com concebermos a avaliação não como um momento terminal do processo educativo mas como uma busca de compreensão do processo do educando (suas reações, manifestações, dificuldades).
A avaliação diagnóstica acontece de forma intensa nos primeiros dias do ano letivo a fim de promover a aproximação do professor com o perfil de desenvolvimento dos alunos em cada grupo. As observações dessa etapa fornecem aos educadores os elementos essenciais para a elaboração e reestruturação dos projetos de trabalho. Esse tipo de avaliação aparece também durante todo o período letivo na forma de registros semanais do desempenho do grupo e de cada aluno em especial.
A avaliação semestral (educação infantil) ou trimestral (ensino fundamental - séries iniciais) é a observação e o registro do desenvolvimento das crianças nas diferentes áreas do conhecimento, a qual é realizada sempre em duas instâncias:
  • Pré-conselhos - análise e registro do desenvolvimento do grupo a partir dos objetivos propostos para o período, os quais são elaborados pelos professores e socializados com a coordenação pedagógica a fim de formular encaminhamentos a serem implementados a partir dali. Esses pré-conselhos ocorrem sempre no meio do semestre ou trimestre e a partir deles também são realizados encaminhamentos e solicitações às famílias, bem como aos chamados “Grupos de Apoio” (ver abaixo), no caso das séries iniciais.
  • Conselhos de Classe - análise individual do desenvolvimento de cada aluno em relação aos objetivos do período, registrada através de planilhas específicas nas quais constam o desenvolvimento cognitivo e afetivo dos alunos. Esses conselhos são realizados ao final de cada semestre ou trimestre com todos os professores da turma e coordenação.

Critérios de Avaliação
Como critérios de avaliação o ensino fundamental utiliza os seguintes níveis:
AP - Atingido Plenamente, que significa que o aluno manifesta com autonomia o conhecimento, procedimento ou atitude expresso no objetivo em questão;
AA - Atingido com Apoio, que quer dizer que o aluno consegue manifestar o conhecimento, procedimento ou atitude expresso no objetivo em questão se for questionado, lembrado ou apoiado pelo professor; ou seja, sabemos que ele sabe e é capaz, mas ainda não apresenta autonomia naquele objetivo, faltando apenas sistematizá-lo ou praticá-lo um pouco mais;
AD - Alguma Dificuldade - significa que o aluno mostra alguma dificuldade para manifestar o conhecimento, procedimento ou atitude expresso no objetivo em questão, precisando de muita ajuda para realizá-lo (ajuda constante durante a tarefa) e, mesmo assim, nem sempre conseguindo manifestá-lo; isso que chamamos aqui de "dificuldade" nem sempre é propriamente uma dificuldade do aluno, em termos intelectuais: pode ser alguma resistência que ocorra por diferentes motivos, pode ser uma inexperiência naquela área, o que ocorre às vezes em casos de transferências, por exemplo, ou outra questão, que se procura explicitar à família; de qualquer forma é um nível abaixo do esperado e que exige atenção da família e da escola;
MDMuita Dificuldade - quer dizer que o aluno não consegue manifestar na maioria das vezes em que é solicitado, mesmo com auxílio, o conhecimento, procedimento ou atitude expresso no objetivo em questão; aqui a questão é mais séria e merece uma super atenção da família e da escola, no sentido de estratégias especiais que deverão ser colocadas em prática para superar a situação.
Na educação infantil, utilizamos apenas os três primeiros (AP, AA e AD).
Em relação a eles avaliamos o desempenho dos alunos nos diferentes conhecimentos, procedimentos e atitudes esperados para o período. A observação e o registro das produções, as falas, expressões e posturas desenvolvidas ao longo de cada período são os meios que permitem aos professores situar cada criança em relação ao grupo e a si mesma, construindo um relatório geral de avaliação e outros individuais.
A avaliação tem o objetivo de promoção dentro dos níveis do ensino fundamental, podendo o aluno que não atingir o mínimo determinado de conhecimentos, procedimentos e atitudes para alguma etapa/série ser retido, tendo de refazê-la. É claro que esses são casos extremos, de crianças com dificuldades mais sérias, em relação às quais a escola se organiza ao máximo, no que diz respeito à qualificação do seu trabalho, para evitar. O que desejamos e aquilo no que nos empenhamos é a aprendizagem e o desenvolvimento de todos, no seu próprio ritmo e consideradas as suas possibilidades do momento. Dessa decisão participam a família e os especialistas que tratam da criança, se for o caso, o que não exime a escola de ter a palavra final, dada a sua competência para tal.
Não utilizamos notas, conceitos ou qualquer outro tipo de menção, realizando uma avaliação qualitativa, descritiva e, o mais possível, personalizada.

Formas de comunicação dos resultados
Os resultados são registrados através de um relatório geral da turma e de um relatório individual. Esses documentos são entregues ao término de cada semestre (educação infantil) ou trimestre (ensino fundamental) do ano letivo para as famílias.
O relatório geral é um relato mais objetivo que informa aos pais sobre os conteúdos e as propostas de aprendizagem desenvolvidos com a turma, em cada área, analisando-se o desempenho do grupo.
Na parte individual, os relatórios avaliam o desempenho de cada criança, dando um retorno às famílias e ao próprio aluno sobre suas aprendizagens e posturas, de acordo com o que foi trabalhado em cada área.
Os pais recebem os documentos de avaliação, impressos e/ou por email ou cd, de forma a poderem apreciá-los com antecedência à reunião com a professora, para, então, discutirem os aspectos relevantes, as dúvidas, as sugestões ou questões em relação aos mesmos.
Além desses encontros coletivos, os pais são atendidos individualmente em diferentes momentos do ano, sempre que isso se faz necessário, pela coordenação ou direção, preferencialmente, e eventualmente também pela professora. A iniciativa desse encontro pode ser da coordenação e professores ou das próprias famílias, conforme a necessidade. A escola procura, assim, estar sempre próxima aos pais, esclarecendo, informando, avaliando e tomando decisões em conjunto.

Avaliação das crianças com necessidades educativas especiais
Visando promover a inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas diferentes turmas da escola, faz-se necessária uma reflexão que atenda às demandas decorrentes de tal decisão. Para tanto a escola realiza um trabalho de avaliação, que é compartilhado com os diferentes especialistas que atendem essas crianças, no sentido de ampliar a visão e o entendimento de suas especificidades. Esse trabalho se dá a partir de reuniões sistemáticas com especialistas desde o momento da admissão dessas crianças até o acompanhamento de seu desenvolvimento ao longo do ano, incluindo também avaliações no sentido de sua progressão ou retenção na série ou etapa.
Ao mesmo tempo em que se avalia essas crianças, são encaminhados ajustes no que se refere ao currículo, às formas de avaliação, aos instrumentos e registros. Os critérios de promoção ou retenção são discutidos pela equipe pedagógica e variam de acordo com as possibilidades das crianças no sentido de poder contribuir com seu melhor envolvimento e aproveitamento das experiências escolares e intervir positivamente em seu desenvolvimento.
As decisões tomadas devem levar em conta necessidades e possibilidades dos alunos, o grau de suas dificuldades, possibilidades da escola em atendê-las e a continuidade do trabalho educativo.
Semanalmente os professores têm oportunidade de trocar ideias e refletir com a coordenação sobre o desenvolvimento das atividades e a situação do grupo ou de alguma criança em especial, a fim de elaborar encaminhamentos para suas demandas.

Grupos de Apoio
O Grupo de Apoio é uma modalidade de trabalho que a escola oferece para os alunos do ensino fundamental, sem custo adicional para a família (*), para atender ao aluno que necessite de uma intervenção especial relativa a algum conteúdo em que mostre defasagem em relação à série.
A partir dos pré-conselhos, que acontecem na metade de cada trimestre, professora e coordenadora avaliam a necessidade desse acompanhamento mais próximo em um outro espaço de aprendizagem, convocando o aluno a participar do mesmo (conversa individual e bilhete para a família) e formando os grupos conforme as necessidades comuns observadas em diferentes alunos. Os grupos se reúnem em dias da semana e horários predeterminados, no turno oposto ao da aula regular, sob a coordenação de um professor devidamente preparado para a tarefa e prevendo intervenções especiais (questionamentos, problematizações, jogos, atividades de construção ou sistematização, materiais e informações, trabalho conjunto, auxílio bem direcionado etc.), conforme as necessidades de cada aluno. A avaliação final é realizada na forma de um relatório escrito, que é enviado para a família do aluno junto com o documento da profª regente.
Procuramos sempre priorizar apenas um aspecto do conteúdo a ser trabalhado com o aluno, tendo em vista a possibilidade de se obter resultados mais significativos.
Essa proposta prevê tarefas de casa, das quais depende a continuidade do trabalho, o que supõe que o aluno que deixar de realizá-las nos intervalos de um encontro e outro, estará subaproveitando o trabalho.
Como acreditamos que, nessa situação de necessidade de retomar conteúdos anteriores à série, quanto menor o número de alunos, melhor, temos de selecionar aqueles que mais necessitam do referido apoio, sob pena do trabalho acabar não sendo produtivo. Por isso há uma norma que dispensa do grupo de apoio o aluno que faltar a algum encontro ou que não realizar as tarefas propostas, sem uma justificativa relevante. Isso garantirá o atendimento a outro aluno que possa aproveitar melhor a oportunidade oferecida pela escola.

São realizados três grupos de apoio no ano:
•    Grupo de Apoio I – abril e maio
•    Grupo de Apoio II – agosto
•    Grupo de Apoio III – novembro

O aluno só é convocado para essa modalidade de trabalho se as anteriores (trabalho individualizado em aula e tarefas extras) não tiverem sido suficientes para atender suas necessidades e se a frequência aos encontros puder ser garantida pela família, sem sobrecarregar demais o aluno.
Alunos que têm diferentes atendimentos com especialistas fora da escola não devem comprometer sua continuidade, devendo a escola ser avisada sobre isso. Dentro do possível, são ajustados os horários, se o trabalho oferecido pela escola for avaliado por família e especialistas como oportuno, mesmo simultaneamente aos outros.

(*) A atividade do Grupo de Apoio não tem custo adicional para a família, porém, se o aluno permanecer na escola para completar o turno, no integral, paga normalmente.

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